terça-feira, 23 de setembro de 2008

Lost


lost
by Larissa da Costa Barboza


Estou caindo aos pedaços
Me desfazendo neste quarto escuro
Pútrido em que me trancaram
Junto de meus pedaços,
minhas perdas...

a cada buraco que surge
em meu corpo podre
vermes vis fazem coro
comemorando a carne fresca
e se continuam se alimentando

estou em frangalhos,
como um velho soldado
que não soube, ou nunca
fizera questão de lutar
e acabara mutilado

perdi a luta para a gangrena
que invadiu minha alma
tornando- a negra, escura,
morta... sem vontade der ser
sem sonhos para crer

as lagrimas descem negras
em meus olhos, velando
a vida inexistente neste corpo.
sorrisos, conversas risos
fica tudo lá fora... fora

fora de mim, fora,
apenas o mais absoluto
e completo silencio
acha abrigo em mim

e no meio deste silencio
entre gritos mudos
vou me perdendo....

sábado, 26 de julho de 2008

Eu



Eu...
by Larissa da Costa Barboza

Sou alguém que o tempo
Não terá trabalho em apagar
Ou que alguém irá se culpar
Se de sua memória me expulsar

Alguém calado e egocêntrico
Sombrio e introvertido
Ah! Este sou eu...
...o imperfeito eu!

Não me destaco em multidões
Não desperto muitas paixões
Sigo sozinho o meu caminho
Monótono e melancólico

Sorrio para todos que vejo
e por dentro sufoco gritos
De terror, dor e desespero.
Meus olhos traiçoeiros aprenderam a enganar

Minha boca muda está
e nem com meus olhos
Posso mais contar, não,
Não peço mais para me matar

Não te assuste, este sou eu...
Melancólico egocêntrico
Mórbido, triste
Desesperado, atormentado
Cínico... Eu!



by Larissa da Costa Barboza

quinta-feira, 24 de julho de 2008

pain


Por que fazer isso?
talvez para fingir...
talvez para sentir,
que em algum momento
deixei de existir.
que pelo menos nesse
misero minuto, que foi o tempo
o tempo que durou aquela dor
eu soube que, naquele instante, eu vivi...

terça-feira, 22 de julho de 2008

pirata


Insisto em invadir a terra da imaginação
para roubar os sonhos
que escapam do baú do meu coração.
enfrento mares, solidão, tempestade
para recuperar a instável necessidade de sonhar

segunda-feira, 21 de julho de 2008

a ultima gota


Por favor...
Aceite este meu sorriso
Por mais psicótico e doente
que possa parecer, mas,
acredite: é o melhor
O melhor que posso fazer.


Tentei mudar, sabe?
Tentei me renovar
Mas é difícil abandonar
As vidas, as almas, os sonhos
Que roubei, amei, assassinei


Por favor me deixe provar
Só mais uma gota...
Prometo, logo vai acabar
A ultima gota...
A seu corpo deixar


Relaxe, isso logo vai passar
Relaxa, sabemos como termina,
A ultima gota deliciosamente doce
Se perdendo em meus lábios
junto com o que eu chamo de você